quinta-feira, 21 de junho de 2012

Amar


Amar sem alguém em vista,
Adorar trocar olhares risonhos e beijar a testa,
Andar de mãos dadas, somente para ver a noite passar,
Abraçar pelo frio, que esquece os solitários,
Gostar de repetir os gestos, que rotineiros,
Aos olhos de um pintor de Veneza,
Traduziria um moço e uma moça apaixonados pela marca da eternidade.
Amar sem alguém em vista,
Ser capaz de amar o cheiro da bela moça alheia
"Como é mesmo o nome dela?",
E a amaria com delicados beijos
E a amaria sem receio de chamá-la de linda, girá-la ao espaço
E não preocupar-se em ser amor de mais, para que ela desista de seu abraço.
Não é preciso metáfora,
É lindo e puro, ter dois dias, e ter um dia, e ter uma, meia-hora de amor eterno
E ser convidado, para estar lado a lado,
Na certeza que o inverno se dissipará com íntimo toque
Com terno beijo, com delicadas mordidas...
Ah, o desejo de amar,
Esse fogo, já aceso, buscando a quem queimar,
A quem lamber com as chamas,
A quem, com suavíssimo toque,
A quem, com olhos utópicos,
A quem, com doce voz acalentar,
Amar, amar e amar,
E amá-la...
Um beijo,
Um beijo...

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