Você é a garota mais fantástica que existe no mundo para mim.
Imagino tudo, tudo, por essa perspectiva de encharcar os olhos de emoção. Teremos dias curtos juntos, mas quando quisermos, teremos os dias mais longos do mundo. Em todos esses lugares aconchegantes que você descreve, leremos livros de literatura juntos (e mais tarde, junto ao nossos filhos), e leremos livros de minha autoria, que ainda estarão em construção sob a luz da varanda e a atmosfera que o mar projetará em nossa casa ao que rebente suas ondas na praia. Tocaremos nossos instrumentos à luz da lua, em beira-mar, deixaremo-os de lado para tomarmos um banho de sal e fazer amor iodificado quando o mundo se tornar silencioso no meio da noite. O mundo é belo de mais, e nossas vidas curtas de mais, para deixar-nos permitir que qualquer coisa fútil nos separe. Eu te amo, e corro na linha do seus olhos, quando imagina o futuro. Estou lá, olhando pela janela você abrir a porta. Estou lá, para te dar o maior abraço do mundo de saudades, depois que cruzar a porta. Estou lá, porque você é a maior fonte de vida que tenho e já me salvou inúmeras vezes. Estou lá, porque sem nós, a terra para de girar para mim e tudo fica imóvel. Eu te amo e desejo ter você por quantos anos nossas vidas reservarem para estarmos um ao lado do outro.
Eu te amo de numa infiniteza que só os deuses romanos e gregos podem traduzir.
Eu te amo,
Eu te amo.
terça-feira, 27 de novembro de 2012
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
Se ela me ver chegar
Se ela me espera,
Me espera da janela
Não vai me ver chegar...
Ah! Se ela me quer,
Me quer de margaridas
Vai ter que esperar...
Se ela me deseja,
Me deseja com cautela
Desejará...
Se ela me ama,
Me ama de verdade
Ama sem vaidades
Se ela me ver chegar...
Então não me espera,
Meu amor, não me espera
No altar!
Ah, meu amor,
Meu amor, louco amor
Vai-se embora
Se chegar a hora,
A hora de te beijar
Beijarei!
Se a beijar,
A beijarei fora da janela
Longe do altar
Se eu chegar,
Chegarei na hora certa...
Com a porta aberta
Se ela me ver chegar...
De margaridas,
De margaridas
Longe da janela...
De verdade
De verdade
Somente eu e ela
Então, não espera,
Meu amor, por favor
Não me espera
De margaridas,
Na janela,
No altar...
Se ela me ver chegar...
Então não me espera
Meu amor, não me espera
No altar!
Ah, meu amor
Meu amor, louco amor
Vai-se embora
Se chegar a hora,
A hora de te beijar
Beijarei!
Se ela me ver chegar...
Ah! Se ela me ver chegar,
Chegar do espelho...
Atrás dela...
A porta aberta,
Aberta para eu
Entrar...
De margaridas,
Margaridas, longe do altar
Só pra nos casar...
Haverá o mar,
O mar, na janela
Somente eu e ela
Eu e ela no espelho,
Se ela me ver chegar
Será com um beijo,
De margaridas,
Fora da janela...
Porque ela não me espera,
E não vai me ver chegar...
Se ela me ver chegar...
Então, não me espera,
Meu amor, por favor
Não me espera
De margaridas,
Na janela,
No altar!
Ah, meu amor
Meu amor, louco amor
Vai-se embora
Se chegar a hora,
A hora de te beijar
Beijarei!
Se ela me ver chegar...
Vai me ver
Vai me ver
Com um beijo
Com um beijo
Margaridas
Margaridas
Do espelho
Do espelho
Ela vai me ver chegar...
Se ela me ver chegar...
Se ela me ver chegar...
Se ela me ver chegar...
sábado, 18 de agosto de 2012
Promete?
Se de repente tudo viesse por terra,
Se de repente, inútil eu me torne
Se por ventura, eu me perdesse na guerra
Se por infortúnio, apenas restasse carne
Se minha palavra for sem mel
Se só meu carinho não bastar mais
Se olhar-me for terrível
Se juntos afundarmos num cais
Promete, oh, promete, por favor
Que me sacode, que me faz
Despertar desse terror
Promete, que me acorda
Se sumir seu calor
Promete que não vou perder seu amor?
Se de repente, inútil eu me torne
Se por ventura, eu me perdesse na guerra
Se por infortúnio, apenas restasse carne
Se minha palavra for sem mel
Se só meu carinho não bastar mais
Se olhar-me for terrível
Se juntos afundarmos num cais
Promete, oh, promete, por favor
Que me sacode, que me faz
Despertar desse terror
Promete, que me acorda
Se sumir seu calor
Promete que não vou perder seu amor?
Minha deusa
Agora, enquanto dorme,
Roço meu rosto no seu rosto morno
E mordo sua carne,
E contemplo sua face, contorno por contorno
Que não ruboriza, mas aquece
E fica fulgurante, e estrelifica
Quente, como a vida
E o Sol...
Filha de deusas.
Sua fala calma,
Seu olhar,
Sua alma,
Você é meu âmbar...
Me chama, com suas chamas
E me queima com sua risada
E me aqueço com suas chamas
E me deito na doce relva de suas penas
Filha de fênix, minha amada.
Sinto de seu calor
O toque da alvorada
É minha namorada
O renascer do meio-dia
O fim da encharcada tarde
O início... de uma nova vida
De mãos dadas, de verdade
A criadora do arco-íris,
Do fim da minha tempestade
E lhe quero até meu pulverizar de vestígios negros!
E me queimar até chegar ao metafísico!
E derreter a lua de mel,
E me eternizar nas cinzas
E chegar ao ponto de fusão
E ter os dois apenas um coração
Para você sentir tudo e poder escrever
Tão louco pulsar por você
As finas linhas caóticas
De minha cardiografia
Só de roçar em você,
Agora, enquanto dorme,
Só de beijar e morder você
Agora, enquanto dorme
E sonha tudo,
Chama minha
Minha deusa.
Roço meu rosto no seu rosto morno
E mordo sua carne,
E contemplo sua face, contorno por contorno
Que não ruboriza, mas aquece
E fica fulgurante, e estrelifica
Quente, como a vida
E o Sol...
Filha de deusas.
Sua fala calma,
Seu olhar,
Sua alma,
Você é meu âmbar...
Me chama, com suas chamas
E me queima com sua risada
E me aqueço com suas chamas
E me deito na doce relva de suas penas
Filha de fênix, minha amada.
Sinto de seu calor
O toque da alvorada
É minha namorada
O renascer do meio-dia
O fim da encharcada tarde
O início... de uma nova vida
De mãos dadas, de verdade
A criadora do arco-íris,
Do fim da minha tempestade
E lhe quero até meu pulverizar de vestígios negros!
E me queimar até chegar ao metafísico!
E derreter a lua de mel,
E me eternizar nas cinzas
E chegar ao ponto de fusão
E ter os dois apenas um coração
Para você sentir tudo e poder escrever
Tão louco pulsar por você
As finas linhas caóticas
De minha cardiografia
Só de roçar em você,
Agora, enquanto dorme,
Só de beijar e morder você
Agora, enquanto dorme
E sonha tudo,
Chama minha
Minha deusa.
Elegia do Suicídio Inalcançado
Click-click, click-click, click-click
Click-click, click-click, click-click
A luz vermelha acende
(click-click)
Está nos meus olhos,
E dentro da consciência
(click-click)
Um pino soltou,
A bomba relógio desatou
A disparar em regressiva,
Todas minhas engrenagens
Rolam em sentido contrário,
Anti-horário e
(click-click, click-click)
A luz vermelha me dá vertigens.
"Agora!", fecho os olhos, mas
A combustão nunca ocorre,
Não é a hora de minha implusão.
As lágrimas correm por dentro
Na tentativa de afagar
As chamas de minha liberdade
Essa emoção
(click-click)
Tão covarde.
Súbito um metal frio surge
Em minha mão, basta
Um click para jorrar
O Suco cefálico
(click-click)
É catastrófico o não-poder De mim.
Click-click, click-click, click-click
Click-click, click-click, click-click
"NÃO!"
A luz vermelha pisca
E sinto ódio!(click)
"PARE!" click-click
Ocorre que não estou
Sozinho. Há milhares
De pessoas no meu
Caminho (click-click)
E à volta (click-click),
Ouço (click-click)
Cada (click-click)
Bomba (click-click)
Relógio (click-click)
De pinos presos
E luz apagada,
Sinto desprezo,
Quantos idiotas,
Tic-tac, dizem eles,
Num (click-click)
Fluxo progressivo.
Tic (click) Tac (click)
Seus pinos estão presos
Tic-tic-tic-tic, tic tac
Deram corda a eles,
Quero morrer, expluda, inferno!
Para matar todos eles!
(click-click-click-click)
Tic Tic Tic Tic Tic Tic
Tic Tic Tic Tic Tic Tic
Tac
Tudo isso...
É tão sórdido...
Implantaram um campo
De concentração em
Cada um.
(click-click)
E o que eles expelem
De boca fechada
(click-click)
(Quero morrer!)
É gás venenoso.
(E renascer outrora)
Click-click
Tic Tac
Eis engrenagens
Continuam a girar
Versa-verso e inversamente
E vejo a luz vermelha piscar,
Está em meus olhos
(click-click)
E enquanto eu não impludir
Nem tic tac tic tac tic tac
tic tac tic tac tic tac tic tac
tic tac tic tac tic tac tic tac
tic tac tic tac tic tac
Expressão tic tac tic tac tic tac
tic tac tic tac tic tac, Poesia,
tic tac, Restarão tic tac tic tac
tic tac tic tac tic tac
tic tac tic tac tic tac
tic tac tic tac tic tac
tic tac tic tac tic tac
tic tac tic tac tic tac
tic tac tic tac tic tac
tic tac tic tac tic tac
tic tac tic tac tic tac
tic tac tic tac tic tac
tic tac tic tac tic tac
tic tac tic tac tic tac
tic tac tic tac tic tac
tic tac tic tac tic tac
tic tac tic tac tic tac
tic tac tic tac tic tac
E me tornarei mais um deles...
Click-click, click-click, click-click
A luz vermelha acende
(click-click)
Está nos meus olhos,
E dentro da consciência
(click-click)
Um pino soltou,
A bomba relógio desatou
A disparar em regressiva,
Todas minhas engrenagens
Rolam em sentido contrário,
Anti-horário e
(click-click, click-click)
A luz vermelha me dá vertigens.
"Agora!", fecho os olhos, mas
A combustão nunca ocorre,
Não é a hora de minha implusão.
As lágrimas correm por dentro
Na tentativa de afagar
As chamas de minha liberdade
Essa emoção
(click-click)
Tão covarde.
Súbito um metal frio surge
Em minha mão, basta
Um click para jorrar
O Suco cefálico
(click-click)
É catastrófico o não-poder De mim.
Click-click, click-click, click-click
Click-click, click-click, click-click
"NÃO!"
A luz vermelha pisca
E sinto ódio!(click)
"PARE!" click-click
Ocorre que não estou
Sozinho. Há milhares
De pessoas no meu
Caminho (click-click)
E à volta (click-click),
Ouço (click-click)
Cada (click-click)
Bomba (click-click)
Relógio (click-click)
De pinos presos
E luz apagada,
Sinto desprezo,
Quantos idiotas,
Tic-tac, dizem eles,
Num (click-click)
Fluxo progressivo.
Tic (click) Tac (click)
Seus pinos estão presos
Tic-tic-tic-tic, tic tac
Deram corda a eles,
Quero morrer, expluda, inferno!
Para matar todos eles!
(click-click-click-click)
Tic Tic Tic Tic Tic Tic
Tic Tic Tic Tic Tic Tic
Tac
Tudo isso...
É tão sórdido...
Implantaram um campo
De concentração em
Cada um.
(click-click)
E o que eles expelem
De boca fechada
(click-click)
(Quero morrer!)
É gás venenoso.
(E renascer outrora)
Click-click
Tic Tac
Eis engrenagens
Continuam a girar
Versa-verso e inversamente
E vejo a luz vermelha piscar,
Está em meus olhos
(click-click)
E enquanto eu não impludir
Nem tic tac tic tac tic tac
tic tac tic tac tic tac tic tac
tic tac tic tac tic tac tic tac
tic tac tic tac tic tac
Expressão tic tac tic tac tic tac
tic tac tic tac tic tac, Poesia,
tic tac, Restarão tic tac tic tac
tic tac tic tac tic tac
tic tac tic tac tic tac
tic tac tic tac tic tac
tic tac tic tac tic tac
tic tac tic tac tic tac
tic tac tic tac tic tac
tic tac tic tac tic tac
tic tac tic tac tic tac
tic tac tic tac tic tac
tic tac tic tac tic tac
tic tac tic tac tic tac
tic tac tic tac tic tac
tic tac tic tac tic tac
tic tac tic tac tic tac
tic tac tic tac tic tac
E me tornarei mais um deles...
Mensagem de namorado -IV
Porque beijar-lhe a boca é algo que me ilumina tanto quanto o
sol que está por nascer atrás de colinas verdes de rochedos cinzentos
depois de uma garoa de amanhecer,
E são os seus olhos que enchem de cor o meu mundo e eu posso ver tudo com as sete cores do arco-íris, como um movimento psicodélico.
E também seu toque é como a liberdade de deitar em folhas de um outono que nunca veio, sobre um gramado repleto de bichos minúsculos, que fazem parte do ciclo de toda a natureza. E além de tudo, te ver nua caminhando de mãos dadas com o céu e a terra, me mostrando como é o paraíso que todas as pessoas deixaram para trás por luxo e outras fraquezas indomáveis, e que pisam sobre ele com concreto e granada.
E sua temperatura, que faz permanecer o sangue quente estando ao meu lado.
Porque te abraçar é como ter minha vida em mãos, e eu te amaria para sempre se o tempo não fosse relativizado, então, ao contrario disso, te amaria como uma parte de mim, que só iria embora de meu pensamento, no momento em que eu partisse.
Mas teria filhos com você, porque é a clara evidência de que iríamos criá-los sobre o lado de lá do prisma.
E moraríamos juntos, junto a árvores anciãs, plantando frutas, pescando peixes e lendo poesias para nossos filhos com pés na água corrente, gelada e límpida num toque de tarde.
Nossa vida seria lindíssima, longe de qualquer poluição egoísta, com fumaça tóxica, concreto tóxico, e falas tóxicas daquilo que eles chamam de sociedade.
E não haveria outra maneira de te amar, pois com você o mundo é perfeito,
E não há sensação mais deliciosa de dormir contigo, uma reflexão profunda de toda a natureza verde com ramos e ramas, e acordar para você fazer meu mundo de novo.
Eu te amo e enquanto eu não por os pés em Saturno, não mudo de opinião.
E são os seus olhos que enchem de cor o meu mundo e eu posso ver tudo com as sete cores do arco-íris, como um movimento psicodélico.
E também seu toque é como a liberdade de deitar em folhas de um outono que nunca veio, sobre um gramado repleto de bichos minúsculos, que fazem parte do ciclo de toda a natureza. E além de tudo, te ver nua caminhando de mãos dadas com o céu e a terra, me mostrando como é o paraíso que todas as pessoas deixaram para trás por luxo e outras fraquezas indomáveis, e que pisam sobre ele com concreto e granada.
E sua temperatura, que faz permanecer o sangue quente estando ao meu lado.
Porque te abraçar é como ter minha vida em mãos, e eu te amaria para sempre se o tempo não fosse relativizado, então, ao contrario disso, te amaria como uma parte de mim, que só iria embora de meu pensamento, no momento em que eu partisse.
Mas teria filhos com você, porque é a clara evidência de que iríamos criá-los sobre o lado de lá do prisma.
E moraríamos juntos, junto a árvores anciãs, plantando frutas, pescando peixes e lendo poesias para nossos filhos com pés na água corrente, gelada e límpida num toque de tarde.
Nossa vida seria lindíssima, longe de qualquer poluição egoísta, com fumaça tóxica, concreto tóxico, e falas tóxicas daquilo que eles chamam de sociedade.
E não haveria outra maneira de te amar, pois com você o mundo é perfeito,
E não há sensação mais deliciosa de dormir contigo, uma reflexão profunda de toda a natureza verde com ramos e ramas, e acordar para você fazer meu mundo de novo.
Eu te amo e enquanto eu não por os pés em Saturno, não mudo de opinião.
quinta-feira, 21 de junho de 2012
Página 77
Ela não sabe onde olha
E ela não sabe quem vê
E tampouco, as horas, ela não sabe
Mas ela olha, olha o quê?
Ela está sentada,
Pernas cruzadas
Ela esboça um sorriso
Mas ela já toma siso
Livro aberto em sua frente
Perde o sorriso,
Olha de repente
E me vê... Dou-lhe um aceno
Finge que não me vê
Vira de lado, abre um sorriso
Eu vejo, passo, ela volta a ler
Página 77, é de poesia, sem compromisso
É uma menina assim!
Penso eu, assim que eu preciso!
Já vou-me concluindo,
Passo a passo, piso por piso
Imagino, que menina de olhos perdidos...
Ela vê o infinito, tem o livro de poesia
Quando volto, flores nas mãos, cartão colorido
A menina já se foi, a menina que eu queria
Então, lágrima vem, onde está ela?
Faço um livro,escrevo poesia
Uma por uma e penso nela
Aquela menina, daquele outro dia
Aquela menina, daquele outro dia
Nunca mais a vi...
Já ela, página 77, sempre lia
Daquele livro que eu escrevi.
Brincadeira - V - Bolso
O bolso está vazio...
O bolso vazio, o bolso está vazio
O bolso está vazio, o bolso vazio
O bolso está vazio, o bolso vazio,
O bolso vazio, o bolso está vazio
O bolso está vazio, o bolso vazio,
O bolso vazio, o bolso está vazio
O bolso está vazio, o bolso vazio,
O bolso está vazio, o bolso é vazio
O bolso vazio, o bolso vazio está
O bolso vazio, o bolso está vazio
O bolso vazio, está o bolso vazio
O bolso vazio, o bolso está vazio
O bolso está vazio, vazio
Vazio está o bolso, o bolso vazio
O bolso está vazio, o bolso vazio
O bolso está vazio, o bolso vazio
O bolso vazio, o bolso está vazio
O bolso vazio, o bolso está vazio
A folha está cheia, muito cheia,
Mas o bolso...
O bolso está vazio
Amar
Amar sem alguém em vista,
Adorar trocar olhares risonhos e beijar a testa,
Andar de mãos dadas, somente para ver a noite passar,
Abraçar pelo frio, que esquece os solitários,
Gostar de repetir os gestos, que rotineiros,
Aos olhos de um pintor de Veneza,
Traduziria um moço e uma moça apaixonados pela marca da eternidade.
Amar sem alguém em vista,
Ser capaz de amar o cheiro da bela moça alheia
"Como é mesmo o nome dela?",
E a amaria com delicados beijos
E a amaria sem receio de chamá-la de linda, girá-la ao espaço
E não preocupar-se em ser amor de mais, para que ela desista de seu abraço.
Não é preciso metáfora,
É lindo e puro, ter dois dias, e ter um dia, e ter uma, meia-hora de amor eterno
E ser convidado, para estar lado a lado,
Na certeza que o inverno se dissipará com íntimo toque
Com terno beijo, com delicadas mordidas...
Ah, o desejo de amar,
Esse fogo, já aceso, buscando a quem queimar,
A quem lamber com as chamas,
A quem, com suavíssimo toque,
A quem, com olhos utópicos,
A quem, com doce voz acalentar,
Amar, amar e amar,
E amá-la...
Um beijo,
Um beijo...
Parabéns
Não poderia eu,
De forma diferente
Dar-te o que é teu
Como se fosse um presente, este soneto.
És de floricultura beleza
Essa garota que hoje faz anos
A quem desejo riqueza
Não menos do que amor, paz, vida, por outros mais e longos
Mas é claro que saúde, sucesso,contam também
E é claro que existe todo o mistério,
Que se revela com a delicada carícia
Carícia esta, deste soneto de parabéns,
Que quer de todo o universo, de hemisfério a hemisfério,
Demonstrar toda a felicidade do mundo para você,Urbe Letícia.
terça-feira, 22 de maio de 2012
Haverá ela.
Haverá
nela, todo o resplandecer do sol, para me alegrar às chatas manhãs tardias de
domingo;
Haverá
nela, todo o THC que preciso, e sustento meu vicio, e ela sempre vai se
esquecer da última música do Led Zeppelin tocada atrás de nós dois;
Haverá
nela a dúvida dos livros, e a sabedoria do conteúdo misterioso de seus olhos;
E
haverá também uma risada alta, de acordar os vizinhos, e ter de forçar ficar
calada com a mão na boca, para os passarinhos que dormem empoleirados na nossa
janela, e ela os detestará, também;
Haverá
nela, um sabor delicioso na hora de dormir, para consumir o amor, e ela sempre
terá uma barra de chocolate para antes ou depois e vai tentar fumar escondida,
nada que tenha problema;
Ela
vai ter um abraço, mais forte que aço, mas que será frágil ao toque da mecha de
cabelo para trás da orelha e o beijo na testa;
E
haverá uma dependência forte de
minhas palavras, mas vai ficar muito brava, ao acaso, de eu esquecer a
data do raio que o parta e não haverá qualquer poesia que a reconcilie, e vai
ficar com um bico enorme até esquecer;
Haverá
as brincadeiras de sábado, e ela vai adorar comer beijinho e beber água em
seguida e vai querer ver filmes chatos, mas vai chorar quando Frodo voltar para
casa – pela quadragésima vez;
Haverá
um querer de amores, por estar de TPM e vai me dizer coisas absurdas, e vai ser
muito linda pedindo desculpas;
E
ela vai receber flores, meus amores e poesias serão apenas dela, porque é só
ela que terá meu amor por ela;
Haverá
nela uma critica obscura de meus personagens fictícios, como que se adivinhasse
que não era aquilo que devia acontecer;
Haverá
nela o segredo de todas as mulheres, também, para haver graça, para haver todo
um clima pecaminoso, mas quando me homenagear com janta – isto é, se eu já não houver
feito primeiro – será mais que santa;
E
haverá toda a prateada lua nela, nas noites de cansaço, pois nada melhor para
poeta, do que a lua por perto, e abraçado contigo.
E
haverá nela, enfim, todo o meu amor depositado;
Todos
os novos adjetivos inventados;
Todos
os odores de flores nos cabelos e abraços;
E
haverá nela, todo o amor por mim,
E
toda a poesia haverá nela,
E
toda a embriagues boêmia,
Mas
nunca haverá nela toda a perfeição,
Só
isso, já é o suficiente – é brincadeira -,
Mas,
que seja, haverá nela, ao menos, o beijo mais amoroso e feliz do mundo.
segunda-feira, 21 de maio de 2012
Noite, com amor
Amor é uma hisória má contada
Hipótese desgraçada
Súbita dúvida - madrugada
Noite insone.
Amor, beijo dado, é ilusão
Criação desejada
Alma mal tratada
Noite sozinha.
Amor, meu amor, é casa vazia
Circunstância realizada
Sexo, terra ilhada
Noite sussurada
Amor é dar risada e pedir beijo
Amar é trapaça premeditada
Anos de mesma cor e fala
Noite, que eu te amo.
Soneto da lua tão distante
Como és possível em teu gesto,
O Universo, se expelir assim?
Rota tua órbita, em teus olhos ausentes,
Em tuas lacrimestrêlas, Yasmin - lua tão distante.
Espaço, gravitacional atração,
De querer teu abraço
Beijar-te na rotação lenta de Júpiter
E sofrer, sofrer por não ter-te comigo
É um ínfimo desejo
Como um lampejo de cometas
É como nunca supus
Estar desse modo, tão perto
Iluminado por ti, tão certo,
E tão distante, a cinco anos-luz de saudades
quarta-feira, 4 de abril de 2012
Meu coração fala comigo
Tum-tum
Tum-tum
Tum-tum
Meu coração fala comigo.
Sei que não é a primeira
vez que ele me fala
Mas mais uma vez ouçô-o
revirar-se sobre meu peito
Tum-tum, estou sozinho, tum-tum, estou sozinho
Desculpe-me coraçãozinho, pequeno, também estou sem companhia
Sozinho, e nem o vento vem me falar
E ninguém perderia seu tempo conosco, figindo sê-lo
Talvez inventaria uma personagem e a deixaria entrar
E talvez, coração, minha face melancólica causasse medo
Tum-tum
Tum-tum
O que há de errado com minha voz e meus olhos?
Por que, tum-tum, isso causa muros altos nas pessoas?
Qual o problema?, pergunta meu coração que sinto-o velho
Sinto-o enrugado, e murcho como que se sugado e cinzentado
Qual o problema de dizer-me "oi" com um sorriso no rosto, meu
Deus?
Tum-tum
Às vezes, pobre coração, uma troca de olhar, e um beijo no rosto do dia
Não em minha face esquerda, mas do dia, facilitaria todo o vermelho
Que há de desabrochar no cinzento de meu peito, então carcomido
Tum...
O que há errado, coraçãozinho? Bateram em ti?
Meu coração, fala comigo!
Não me deixe único e sozinho nesse espaço infinito e escuro
Não faça a ausência, há muito perigo na ausência...
Há silêncio na ausência e há um olhar que passa sem sorriso
E meu dia não vale mais nada e machuca, como machuca, Pai,
Ver você passar, pessoa, qualquer amigo, sem dizer nada,
Há um REI morando em seu umbigo, ai... Há um REI em seu umbigo.
Que dor, que dor, que dor, que dor!
Fala comigo! Dê-me um olá e me dê um sorriso, não peço demais
Não quero seu abraço, não quero seu beijo, basta amor!
Céus, um Olá pelo menos, tanto faz, tanto faz...
Meu coração fala comigo e sei que não é a primeira vez que ele me fala
Mas já foi-se seu tempo jovem, e as pessoas apodrecem-no
Tum-tum... Volta coração! Volta, e grita, e não te cala!
Ao menos diga-me um oi, coraçãozinho, volte! Por favor...
Como é triste falar um oi, e notar que foi em vão e sozinho
Nem meu coração mais fala comigo
Velho, idoso, morto, desintegração de coração, triste
Meu, único e saudoso, e reverenciável amigo, não me deixe sozinho
Tum-tum
Tum-tum
Tum-tum
Oi, coraçãozinho...
quinta-feira, 29 de março de 2012
Olhos, Olhos, Olhos
Olhos, olhos, olhos
Olhos, olhos, olhos
Na Universidade
O que tanto eles vêem?
Essa visão humana,
Essa exata, biológica
Futura enfermeira, contador,
Desempregado, Engenheiro, psicopata
Olham, olham, olham,
Na Universidade
Mas que tanto eles vêem?
Nos corredores passo fantasmagórico
E eles olham, olham, olham
Pela Universidade
Moça bonita, futuro Advogado,
Fisioterapeuta, blusinha azul
Olha e me olha, passa e anda
Pela Universidade
Bloco três, tantos olhos
Vêem tudo, sociologia
Estudam todos,
Olhos, olhos, olhos
Casados, Ensino Médio, aposentados
Técnicos, eletricistas, divorciados
Solteiros, namorados amigos
Olhando tanto, o que eles vêem
Na Universidade?
É tanta gente,
Tanto povo, número,
Vida e olhos, olhos
Olhos, na Universidade
Que me olham,
Acadêmicos ou não,
Moços, moças,
Todos, na Universidade.
E eu, ando
Livro na mão
Passo nos corredores
E olho, olho, olho
Olhos, olhos, olhos,
Na Universidade
Mas não encontro nada
Em tantos olhos
Pela Universidade
Mas me respondam,
Por favor, Universitários
O que tanto vocês,
Olham, olham, olham
Olham, olham, olham
Na Universidade?
Olhos, olhos, olhos
Na Universidade
O que tanto eles vêem?
Essa visão humana,
Essa exata, biológica
Futura enfermeira, contador,
Desempregado, Engenheiro, psicopata
Olham, olham, olham,
Na Universidade
Mas que tanto eles vêem?
Nos corredores passo fantasmagórico
E eles olham, olham, olham
Pela Universidade
Moça bonita, futuro Advogado,
Fisioterapeuta, blusinha azul
Olha e me olha, passa e anda
Pela Universidade
Bloco três, tantos olhos
Vêem tudo, sociologia
Estudam todos,
Olhos, olhos, olhos
Casados, Ensino Médio, aposentados
Técnicos, eletricistas, divorciados
Solteiros, namorados amigos
Olhando tanto, o que eles vêem
Na Universidade?
É tanta gente,
Tanto povo, número,
Vida e olhos, olhos
Olhos, na Universidade
Que me olham,
Acadêmicos ou não,
Moços, moças,
Todos, na Universidade.
E eu, ando
Livro na mão
Passo nos corredores
E olho, olho, olho
Olhos, olhos, olhos,
Na Universidade
Mas não encontro nada
Em tantos olhos
Pela Universidade
Mas me respondam,
Por favor, Universitários
O que tanto vocês,
Olham, olham, olham
Olham, olham, olham
Na Universidade?
quarta-feira, 28 de março de 2012
Moça de estrela vertente
Moça de estrela vertente,
Teus olhos me convidam unicamente
A te desejar e
Te chamar de linda,
Mas acontece
Que nem os astros a traz
E míngua
Uma esperança querida
De te ver
Doce e quente
Desejando meu beijo.
Como é triste a expectativa
Na extática hora
Altiva e clemente.
Hora em que despeço-me de ti
No momento imaginário da noite
E que, no entanto, sinto a felicidade
De que vem a aurora
seguinte,
E que verei teus olhos
Novamente com teu
Corpo que induz
A perca do norte
E que não
Temo a morte
Que nem os astros
Podem aplacar minha vontade
E o desejo
De te chamar de linda
Em todas as noites e horas
E dias
Ao teu toque,
Moça de olhos
De estrela vertente
Que teus olhos
Me lembram a noite
E teu sorriso
Me lembra a corrente de Andrômeda
E por isso
Que és minha estrela
A qual tem luz vertente,
Priscila
Ah, esse desejo
Trágico de te ver reluzir
À minha frente
Depois do poente
E ter vã a esperança
De te ver cadente
Aos meus lábios,
Estrela minha
De luz vertente,
Moça da estrela vertente
terça-feira, 13 de março de 2012
Não mais agora.
“...E te amo, e te amo, e te
amo, e te amo...”
– Vinicius de Moraes, O
Mergulhador.
Por mais que agora tudo te aborrece o que digo
Talvez haja poesia que não te recite,
Mas que talvez você acredite no doce amigo –agora-,
Mas que talvez você acredite no doce amigo –agora-,
Que te fala na doce voz, de frases versadas
E que muito não volte a sentir,
Pois dizer de boca éramos calados,
Fadados a transmitir aquilo com olhos – e agora -,
Te enamorar com próprios amores estarrecidos
Atracados numa baía tranqüila de seu colchão na sala
E vigiarmos loucos, loucos, loucos de beijinho
Você fugindo para todos os lados – mas agora –
Lembrar, em todo caso, de toda infância inventada.
E não há chance de proclamar em sobriedade
A idade já escapa meus olhos
E tudo foi-se de menino – agora pouco-,
E surpreendentemente te dizer, mais que insano,
Sob a vontade de te pegar em qualquer lado da casa
E gritar para o mundo todo que te amo, e te amo, e te amo, e te amo...
- não mais agora...-
quinta-feira, 8 de março de 2012
Uma
Própriamente dito,
Eu cansei, eu sei
É estranho,
Tão de repente, assim
Comigo.
Logo eu que as amo,
Que faria tudo por elas,
Eu cometeria um crime,
Eu mataria pessoas,
Mas hoje, agora,
Uma, somente uma,
Diante de um sorriso de verdade
Sem metáforas, sem luas,
Somente dentes e puramente lábios
Só lábios, nada mágico,
Apenas superficial, existencial,
Único!
Eu só queria uma, diante de mim
Sem teatro, sem livros, de verdade
Longe de tudo, mas perto de lábios.
Saber, somente para saber
O que é esse músculo em meu peito
Eu gostaria de somente uma,
Não precisa ser linda,
Mas que alguém me escute.
Eu
Só
Queria
Dizer
Uma
Palavra
Nesta
Poesia.
Yasmin
Desenhando-te, quero beijar-te aqui.
Te escrevo justamente por querê-la aqui,
Para ver o que acontece...
Eu sei que não é assim que se escreve,
Mas eu quero falar de começo de seus cabelos;
É como um tesouro que eu queria agarrar,
Eles descem teu rosto, enchem e terminam mechas
Delicadas no pescoço de boneca
E por falar em boneca...
O rosto, meio de lado, inclinado...
Está séria... como eu quero beijar-te...
Então, não é apenas isso,
É que há uma rosa em seus lábios,
Uma ternura que me agrada,
Uma verdadeira delicadeza nisso tudo,
Que eu adoraria saber a fragância
Um ou dois centímetros deles
E depois, de vigilância, te olhar
Da boca para os olhos
E deixar minha mão acariciar,
Meu rosto acariciar,
Tirar seus foninhos
E te dizer que pensatriz desta maneira
É linda... por mais que tudo seja disconexo
E te faria um poema disconexo
Só pra dizer-te,
Que queria seus lábios de rosa,
A mecha de seu cabelo
E seu rostinho inclinado...
Eu sei que não é assim que se escreve.
Brincadeira III
Mais um poema
Eu saio da vida boêmia
E viro bebum de esquina.
Deixa para lá, essa mania
De que eu devo escrever
Todos os dias,
Porque logo, não haverá mais dias
E só vai haver poesias na vinha vida.
Enquanto isso, meus melhores amigos, meus melhores leitores se deleitam num bar, jogam bilhar, e eu nunca perco essa porra de rima que aparece nas minhas frases, sem crazes, às vezes de propósito... Tsc, chegem logo! Eu, como a chuva lá fora, pretendo obrigar alguém a se secar, meus melhores amigos-leitores.
Versos molhados
Poema antigo
Quantas fazem glop glop agora?
Galopam cavalos marinhos e razam aves brancas
Mas, me diga, quando haverá uma nova hora?
O céu refletido já é pútrido e trava as barcas.
Foi a origem de tudo, certa vez
Dependemos dela, agora
Acho que será o fim, talvez
Se toda ela for embora
Quero ser transparente e límpido
Mas os versos são escassos e feios
Leia a branda superfície em raso nítido
As máquinas mortíferas estão sem arreios
Notou, já, sua falta?
Não digo da água, pobre humano
Falo da sua, que mata
A tí mesmo, seco, em doce paraíso artesiano.
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