sábado, 18 de agosto de 2012

Minha deusa

Agora, enquanto dorme,
Roço meu rosto no seu rosto morno
E mordo sua carne,
E contemplo sua face, contorno por contorno
Que não ruboriza, mas aquece
E fica fulgurante, e estrelifica
Quente, como a vida
E o Sol...
Filha de deusas.

Sua fala calma,
Seu olhar,
Sua alma,
Você é meu âmbar...

Me chama, com suas chamas
E me queima com sua risada
E me aqueço com suas chamas
E me deito na doce relva de suas penas
Filha de fênix, minha amada.

Sinto de seu calor
O toque da alvorada
É minha namorada
O renascer do meio-dia
O fim da encharcada tarde
O início... de uma nova vida
De mãos dadas, de verdade
A criadora do arco-íris,
Do fim da minha tempestade

E lhe quero até meu pulverizar de vestígios negros!
E me queimar até chegar ao metafísico!
E derreter a lua de mel,
E me eternizar nas cinzas
E chegar ao ponto de fusão
E ter os dois apenas um coração
Para você sentir tudo e poder escrever
Tão louco pulsar por você
As finas linhas caóticas
De minha cardiografia
Só de roçar em você,

Agora, enquanto dorme,
Só de beijar e morder você
Agora, enquanto dorme
E sonha tudo,
Chama minha
Minha deusa.

Um comentário: