quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Devaneios de Janela ( I )

É tão corriqueiro esse clima que se precede
Onde vais, onde vais chuva que canta e desemboca
Seus cri-crilados em minha janela e escorre para a terra
E se torna ar?Onde vais água mortífera, controladora de vida
Sangue de Gaia... Onde vais?
Cai tão lentamente, chuva por todo lado,
Cada gota rapidamente de um céu trás-estrelado
És vital! Tales de Mileto, fenomenal,
Obra de arte que és a chuva e o pensamento filosófico
Sem essa coisa tão fabulosa terminasse, o que seria de nós?
Olhe só para ela e para seu sorriso na cara!
A natureza é a mídia de nossas catastrofes em ser tão
Mesquinhos, tão Verminhos em nós mesmos.
Chuva é maior que o Mac Donnald's, aquela merda.
A Chuva é o canal preferido dos leitores e bebedores
De café, com ou sem leite!
Fabuloso encantamento, esse ciclo que faz credores de Hórus tornarem-se ateus.
Ora, nada é o Sol sem a chuva, que
Por seu sistema magnífico que és,
Nada Chuva és sem Sol
Chuva... És música orquestrada, perfume de estrada
É coisa mais bela!
É coisa que Hobbit e Ente gostam,
É tempestade de casa assombrada!
É a coisa mais linda que talvez se possa existir
A chuva para aqueles que não tem mar...
Chuva é a coisa mais linda que eu não queria ver passar.
Enquanto amo-a, amo-a daqui, de minha janela,
Faço uma poesia para ela, e espero que um tufão de vento
Erga a saia dela... A saia dela, que com chuva,
Na primavera, florida, comprida
É vida, essa coisa belaÉ a vida uma coisa bela.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Ama-me

Ama-me por inteiro,
Ama-me de verdade,
Dos pés à cabeça,
Ama-me com liberdade.

Não tentes forjar-me a fogo


Não sou como espada...
Nem machuco,
Nem crio chagas...
Não tentes forjar-me a fogo.

Como flor,
Semeio ao vento delicadamente
Com amor,
E aromas...

Não sopres em mim,
Pois minhas pétalas,
Podem ir ao leste
E perder-te...

Não me forces a florescer,
Minha vida se abotoa agora...
Senta-te aí, padeça...
Até que minha força cresça,


E te ame novamente.

(IM)possível


Eu bebia água no copo de vidro,
Via a janela de vidro,
Dentro dela,
Teu reflexo... lindo.

E dei um gole, ri brevemente
Você sorriu, mexeu seus cabelos compridos,
E te beijei,
Dei um gole de vidro.

Me senti amarga,
Como me afaga,
Me corta como faca,
Seu amor... impossível.

Afastei-me,
"COMO PODE!?"
Quebrei o copo de vidro
E chorei...

Você ainda sorria,
"COMO PODIA!?"
Eu, moça-menina,
Apaixonar-me por um iludido, tolo.

"VAI EMBORA DAQUI!"
E você permanecia,
Era lindo ver-me livre
Amando-me sem mim.

Eu bebia água no copo de vidro,
Via a janela de vidro,
Dentro dela,
A tarde... linda.

E dei um gole, ri brevemente
Reví minha roupa, estou bonita
E agora,
Me virei.

Me senti outra.
Como me recorda,
Me inova,
Um amor... possível.