segunda-feira, 21 de maio de 2012

Soneto da lua tão distante


Como és possível em teu gesto,
O Universo, se expelir assim?
Rota tua órbita, em teus olhos ausentes,
Em tuas lacrimestrêlas, Yasmin - lua tão distante.

Espaço, gravitacional atração,
De querer teu abraço
Beijar-te na rotação lenta de Júpiter
E sofrer, sofrer por não ter-te comigo

É um ínfimo desejo
Como um lampejo de cometas
É como nunca supus

Estar desse modo, tão perto
Iluminado por ti, tão certo,
E tão distante, a cinco anos-luz de saudades

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