Haverá
nela, todo o resplandecer do sol, para me alegrar às chatas manhãs tardias de
domingo;
Haverá
nela, todo o THC que preciso, e sustento meu vicio, e ela sempre vai se
esquecer da última música do Led Zeppelin tocada atrás de nós dois;
Haverá
nela a dúvida dos livros, e a sabedoria do conteúdo misterioso de seus olhos;
E
haverá também uma risada alta, de acordar os vizinhos, e ter de forçar ficar
calada com a mão na boca, para os passarinhos que dormem empoleirados na nossa
janela, e ela os detestará, também;
Haverá
nela, um sabor delicioso na hora de dormir, para consumir o amor, e ela sempre
terá uma barra de chocolate para antes ou depois e vai tentar fumar escondida,
nada que tenha problema;
Ela
vai ter um abraço, mais forte que aço, mas que será frágil ao toque da mecha de
cabelo para trás da orelha e o beijo na testa;
E
haverá uma dependência forte de
minhas palavras, mas vai ficar muito brava, ao acaso, de eu esquecer a
data do raio que o parta e não haverá qualquer poesia que a reconcilie, e vai
ficar com um bico enorme até esquecer;
Haverá
as brincadeiras de sábado, e ela vai adorar comer beijinho e beber água em
seguida e vai querer ver filmes chatos, mas vai chorar quando Frodo voltar para
casa – pela quadragésima vez;
Haverá
um querer de amores, por estar de TPM e vai me dizer coisas absurdas, e vai ser
muito linda pedindo desculpas;
E
ela vai receber flores, meus amores e poesias serão apenas dela, porque é só
ela que terá meu amor por ela;
Haverá
nela uma critica obscura de meus personagens fictícios, como que se adivinhasse
que não era aquilo que devia acontecer;
Haverá
nela o segredo de todas as mulheres, também, para haver graça, para haver todo
um clima pecaminoso, mas quando me homenagear com janta – isto é, se eu já não houver
feito primeiro – será mais que santa;
E
haverá toda a prateada lua nela, nas noites de cansaço, pois nada melhor para
poeta, do que a lua por perto, e abraçado contigo.
E
haverá nela, enfim, todo o meu amor depositado;
Todos
os novos adjetivos inventados;
Todos
os odores de flores nos cabelos e abraços;
E
haverá nela, todo o amor por mim,
E
toda a poesia haverá nela,
E
toda a embriagues boêmia,
Mas
nunca haverá nela toda a perfeição,
Só
isso, já é o suficiente – é brincadeira -,
Mas,
que seja, haverá nela, ao menos, o beijo mais amoroso e feliz do mundo.
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