terça-feira, 22 de maio de 2012

Haverá ela.



Haverá nela, todo o resplandecer do sol, para me alegrar às chatas manhãs tardias de domingo;
Haverá nela, todo o THC que preciso, e sustento meu vicio, e ela sempre vai se esquecer da última música do Led Zeppelin tocada atrás de nós dois;
Haverá nela a dúvida dos livros, e a sabedoria do conteúdo misterioso de seus olhos;
E haverá também uma risada alta, de acordar os vizinhos, e ter de forçar ficar calada com a mão na boca, para os passarinhos que dormem empoleirados na nossa janela, e ela os detestará, também;
Haverá nela, um sabor delicioso na hora de dormir, para consumir o amor, e ela sempre terá uma barra de chocolate para antes ou depois e vai tentar fumar escondida, nada que tenha problema;
Ela vai ter um abraço, mais forte que aço, mas que será frágil ao toque da mecha de cabelo para trás da orelha e o beijo na testa;
E haverá uma dependência forte de  minhas palavras, mas vai ficar muito brava, ao acaso, de eu esquecer a data do raio que o parta e não haverá qualquer poesia que a reconcilie, e vai ficar com um bico enorme até esquecer;
Haverá as brincadeiras de sábado, e ela vai adorar comer beijinho e beber água em seguida e vai querer ver filmes chatos, mas vai chorar quando Frodo voltar para casa – pela quadragésima vez;
Haverá um querer de amores, por estar de TPM e vai me dizer coisas absurdas, e vai ser muito linda pedindo desculpas;
E ela vai receber flores, meus amores e poesias serão apenas dela, porque é só ela que terá meu amor por ela;
Haverá nela uma critica obscura de meus personagens fictícios, como que se adivinhasse que não era aquilo que devia acontecer;
Haverá nela o segredo de todas as mulheres, também, para haver graça, para haver todo um clima pecaminoso, mas quando me homenagear com janta – isto é, se eu já não houver feito primeiro – será mais que santa;
E haverá toda a prateada lua nela, nas noites de cansaço, pois nada melhor para poeta, do que a lua por perto, e abraçado contigo.
E haverá nela, enfim, todo o meu amor depositado;
Todos os novos adjetivos inventados;
Todos os odores de flores nos cabelos e abraços;
E haverá nela, todo o amor por mim,
E toda a poesia haverá nela,
E toda a embriagues boêmia,
Mas nunca haverá nela toda a perfeição,
Só isso, já é o suficiente – é brincadeira -,
Mas, que seja, haverá nela, ao menos, o beijo mais amoroso e feliz do mundo.

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