Como me sinto assim
Na encruzilhada
Entre o finito mar e o universo sem fim
Inseguro em voltar ou ir em toda a jornada
Fora de mim, à deriva no nada
Passageira núvem ao azul
Sem verdades ou mentiras enganadas
Ou mistério de muita cor
O que fazer, por favor?
Permanecerei em noite calada
Ficarei aqui sem fulgor
Uma estátua na encruzilhada
Entre o ouro e a prata ornada
Seguindo o som à volta
Estarrecido, acuado por fora
E por dentro, numa sala sem porta
Que saída há numa trilha torta?
Num círculo sem margens
Em extrema órbita
Incerto de olhares ou miragens
Percebe a roda da carruagem?
Não há onde acabar
Somente a ranger engrenagens
Parada, sempre a girar
Nenhum comentário:
Postar um comentário