quarta-feira, 7 de março de 2012

Nome de Poesia


Já é tempo, doçura, de te escrever, mais do que deveria,
Porque, ternura, Paula, é nome, seu nome, de poesia.
Sua foto de saudade, seu sorriso de inconstância
Seu corpo, ah, seu mistério, meu mistério, tua astúcia.
Paula, platônica, explosão atômica de beijos e temperatura
"Mulher deitada"... (*)
Ah, criatura, és salamandra de minha noitada, não me esquece
Escurece minha janela... fecha minhas cortinas e desaparece,
Assim, sem mais...?
Uns cabelos de Medusa, cobras traiçoeiras, tentadoras,
Venenosas luzes que me atraem para um sortilégio de mitos gregos.
Um abraço, sofro de amores, uma conversa e esqueço do tempo.
Você é, de minha fidelidade, um tormento cheio de reviravoltas
Paula, Paula! Acorda, já chegou o instante, já é o momento
De te escrever mais do que deveria...
Porque, como é linda triste, como é linda à riste, à beira da morte do dia
Como faz linda cada parte do dia. Não é uma injúria, é sensato,
Que você, provocativamente, é ignóbil... mais do que deveria, porém, de ser linda...
Já escutou a música vida? Já se escutou na minha vida?
É um traço congruente numa partitura,
Uma luminosidade de para sempre,
Um sabor, que deve ser mais quente que a carne de Héstia
Um pavor, mais reverberante do que os ecos,
Em seus olhos fechados... mais do que deveriam ser,
Uma amada, uma Lua eclíptica.
Paula... é mais do que deveria ser,
São mais estrofes do que deveria, eu, escrever, por que? Por quê?  
POR QUÊ!?
Porque é minha amiga de um inteiro
Porque, é, Paula, seu nome de Oceano
Porque, está escrito no maior dos letreiros
Paula, você é poesia, mulher, que eu Amo.
E amo nessas linhas madrugadas,
Como que se eu te entenderia
Num poema que foi eleito, te escrever,
De desenhar, te solfejar, te amar...
Mais, muito mais!, do que deveria.


(*) - Referência de definição à poesia "Mulher Deitada"

Nenhum comentário:

Postar um comentário