quinta-feira, 8 de março de 2012

Não Existem Mais


Acontece que elas já não existem mais
Essas mulheres de outro dia
E não há mais sentido para a poesia
Ser chamada de Alice, Ana, Catarina ou Maria
Porque elas só querem, essas mulheres, reclamar
Que ninguém mais as amam como deveriam
Então eu desisto de me perfumar e
Fico no bar imaginando como seria
Se o poema não fosse sozinho. Se ele não fosse sozinho...
Eu lhe recitaria uma mulher, o poema gosta 
É de Alices, Anas, Catarinas ou Marias
As ama todas, mas acontece que elas já não existem mais
Essas mulheres, que adorariam mil vezes um beijo depois de um poema.
Só há aquelas que pedem para serem usadas por um dia
É que para mim não existem mais aquelas mulheres, lembra?
Eu lembro.
Alice, Ana, Catarina ou Maria, já deixaram de ser assim
E eu já desisti de encontrar o perfume ideal
Com aquela fragrância de poesia.
Adeus Alice, Ana, Catarina.
Adeus, Maria.  

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