quarta-feira, 7 de março de 2012

Elegia d’A última



Esta foi a última
Que foi esta
Que a vi
E se foi

Deixou de existir e clarear o mundo com sua
        [presença
E tornou-se minha crença na ausência divina;
Que era o sentido da crina do cavalo ser tão própria
A verdade dos mentirosos trovadores

Nem brotou na criança que se esqueceu
Naquele que se arrependeu
Ou nas dores se surpreendeu em castigo
E na morte de seu pai... esta não veio

Nunca mais a verei cair e rolar o rosto da montanha
Ou sentir seu calor e frio e o salgado em minha
[boca
Mas sei que existe ainda a possibilidade

                                                                            
                                  e   L   a
                                  n   Á lgum
                                  lu  G  ar
                            num o  R válho
                                   da I nconsciência
                               Se   M lástima
                                      A lguma

E chorarei mais que sua existência na voz do olhar
[azul do céu.

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