quarta-feira, 7 de março de 2012

Mulher Deitada


Eu não reagiria por muito tempo somente para contemplar a maior das artes.
Quanta beleza existem naquelas ondas e mais ainda se houver a arte dos ventos,
Vindos, é claro, do lado de fora, do terraço da casa, e ela lá, de desejo calado
O mais falante, gritante possível, sem exageros, apenas condensados,
Num olhar único. Mas, céus, quanta beleza existe! Quanta maldade, quanta felicidade, juntas,
Oscilando me levando à loucura, cima e abaixo! Não posso mais ficar parado.
Eu preciso mergulhar nessas ondas, preciso sentir o frescor, preciso sofrer e prometer a ela. 
Já não posso ficar parado, pois é linda, como é linda, essa flor eterna
Esse mar em forma de pessoa,
Essas ondas em forma de pessoa,
Deitada, deitada... como é linda uma mulher deitada
Sob um vento, que vem de fora, que vem do terraço da casa.
Como é linda, ela, depois, dormindo, com o rosto de vento...
Que vem de dentro, é claro, de dentro da casa, movendo aquelas ondas, aquelas curvas,
De uma mulher linda, de uma mulher de arte, de uma mulher deitada.  

Um comentário:

  1. Ótimo tema... boas frases... condense e reformule para um excelente poema, ou desenvolva para uma crônica (apenas comentários, quem sabe, toleráveis)
    Audrey

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