quinta-feira, 8 de março de 2012

Mensagem em resposta à Henrique Santana, meu amigo, meu caro.


Ah, meu caro, pegue sua bebida e me conte o que te fez ela
O que te enganou ela, o que esse mar em forma de olhos fez contigo?
Ah, meu amigo, caro poeta nascido, dê um trago e me diga que foi injustiçado
Grande mar... grande mar. Eu entendo os olhos dela
Eu entendo os oceanos que elas são: prontas a levar-nos às praias
E beijar-nos com sua noite e fazer-nos ficar deitados diante daquele olhar
Que se arrebenta e toca e ama, e tem forma de mar.
Eu sei, são azuis como nunca são, são belas como elas são, são... pedaços de nós
Os olhos delas, que nos perfuram e nos deixam calados, que nos fazem esquecer
Que sem aqueles olhos já não somos, já esquecemos, já esperamos...
Dê um um gole e me conte, que a esfinge dos olhos delas são cheias de segredos
Que nos deixa com medos e vozes e impedimentos, ah, eu sei... eu sei.
Mas por favor me diga, que sabe que ela te olhará de novo,
Que sabe que aqueles olhos virão até você, que sabe que se você olhá-la...
Ela tornará a fechar os olhos, pois é assim que elas são, e nos levam às praias
E nos amam, e nos esquecem e... são olhos que nos cercam, nos ilham
Como o mar que são, mas que quando beijam, nós amamos e acariciamos seus cabelos
Que são como ventos, que são noites de lua, que são olhos de mar, azuis como são
Os olhos dela, que você quer tê-los e fazer parte de suas lágrimas...
E saber, que aqueles olhos azuis são teus e você saiu das lágrimas dela,
Porque os olhos delas, são como os mares que você me respondeu.
Dê um gole, amigo,
Dê um gole...

Nenhum comentário:

Postar um comentário