Por que hei de
dizer-te em verdade o que achas mentira? Por que hei de mentir-te sem nunca
tê-lo feito de fato? Por que dizerdes o óbvio se as palavras o corrompem à
malícia? Por que torna tudo tão complicado, quando, nem todas as gotas da garoa
tem o mesmo calor? Já sentiu, pois, o vento de todos os mares? Então, por que
dizes que o benefício egoísta é o primórdio do beijo? Não confias no honesto
que lhe fala? Não vês tu, o brilho da aurora no olhar do próximo, vês? Vês?
Então, por favor, me dizes, por que se digo da chama, a extingue mais e mais
até a última lágrima de lenha?
Nenhum comentário:
Postar um comentário