quarta-feira, 7 de março de 2012

Lembrança


Existe... possivelmente existe a lembrança de que eu volte.
E eu quero voltar para sentir o cheiro do Sol em você, aquele sabor
De maçã que só você possui em todas minhas lembranças de livros; e eu não
Me esqueço da sua mordida forte, que amor possui, que eu possuo em você.
Ah, seus olhos me provocam nas verdades que eu não me importo
Em dizê-las, porque, afinal, são verdades nuas.
E aquela risada encorajada por uma ambígua meia verdade que queima a
Dúvida exalando a preguiçosa fumaça de cor exógena.
Não quero esquecer
Quero guardar a lembrança
A lembrança de você caminhar de vestido na calçada e o vento e você, perigosa
E o abraço gostoso que os corpos se encaixam como núvens de um
Conto de fadas e, não é preciso dizer, que não vou desenhar o anjo
Com você ao meu lado, me abraçando, me acariciando, criando em mim
A lembrança.
A lembrança de que eu volte
Possivelmente,
Existe.

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